Portfólio de Ilustrador: O Que Colocar, O Que Tirar e O Que Ninguém Te Conta

Se você já recebeu aquela mensagem com “quanto você cobra por um desenho?”, sabe o frio na barriga que essa pergunta pode causar. Colocar preço em algo tão pessoal e criativo quanto uma ilustração parece simples, mas envolve muito mais do que só calcular horas ou materiais.

Na verdade, a maioria dos ilustradores não aprende a precificar, aprende a aceitar o que oferecem. E é aí que muita gente trava no crescimento profissional.

O que é um portfólio, de verdade?

Não é só uma pasta com “seus melhores desenhos”. É uma vitrine do que você sabe fazer, como você pensa e que tipo de projeto você quer atrair.

O erro mais comum? Colocar tudo o que já fez.
O ideal? Colocar o que faz sentido para onde você quer ir.

O que colocar (com intenção)

  • Peças que mostram seu domínio técnico

Mostre que você entende de luz, cor, composição, anatomia, narrativa. Mesmo que o estilo seja simples, a construção por trás deve ser sólida.

  • Trabalhos que você gostaria de repetir

Quer fazer capas de livro? Mostre capas. Quer trabalhar com personagens? Mostre design de personagem. Direcione seu portfólio pro tipo de cliente que você quer.

  • Projetos autorais com conceito

Ilustrações soltas são boas, mas projetos com ideia e contexto (como capas fictícias, cenas narrativas, redesigns criativos) mostram sua capacidade de pensar visualmente.

  • Variedade controlada

Você pode mostrar versatilidade, mas sem parecer perdido. Melhor mostrar duas áreas com profundidade do que cinco estilos genéricos.

O que tirar (sem dó)

  • Trabalhos antigos que não representam mais seu nível

Eles só atrapalham. Se você evoluiu, atualize.

  • Estudo de técnica copiada sem transformação

Se for um estudo de outro artista, deixe claro que é estudo e, se possível, traga sua interpretação.

  • Imagens que não contam nada

A ilustração é bonita, mas… é só isso? Se ela não mostra intenção, processo ou domínio, talvez seja melhor deixá-la de fora.

O que ninguém te conta (mas devia)

  • Você pode criar peças só pro portfólio

Não precisa esperar um cliente te pedir. Inventar projetos pessoais é não só permitido, é essencial.

  • Contexto importa mais do que quantidade

Um projeto bem explicado vale mais que 10 imagens soltas. Mostre pensamento visual, storytelling, referências, esboços — se possível.

  • Menos é mais

8 a 12 peças bem escolhidas dizem mais do que 30 imagens medianas. O cliente não quer ver tudo, ele quer ver o que te define como ilustrador.

  • Atualizar é mais importante do que montar uma vez

Seu portfólio nunca está “pronto”. Ele cresce com você. Tire tempo regularmente para revisar e ajustar.

Conclusão

Seu portfólio não é só uma galeria. É um convite visual dizendo:
“É assim que eu vejo o mundo. E é assim que eu posso colaborar com o seu projeto.”

Na Riscor, a gente acredita que ilustrador bom não é só quem desenha bem, é quem sabe mostrar como e por que desenha. E o portfólio é uma das ferramentas mais poderosas pra isso.

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