Quanto Vale uma Ilustração? Como Começar a Cobrar Pelo Seu Trabalho

Montar um portfólio pode ser tão difícil quanto desenhar, às vezes até mais. Você olha pra sua pasta de arquivos e pensa: “Será que isso é bom o bastante? Será que isso representa meu estilo? Será que tô colocando coisa demais?”

Se você se identifica, respira fundo: você não está sozinho. Um bom portfólio não precisa ser perfeito, mas precisa ser estratégico, claro e honesto.

E tem algumas verdades que quase ninguém te conta sobre isso.

O que você está cobrando, de verdade?

Você não está vendendo “um desenho”. Está vendendo ideia, repertório, estilo, tempo de execução, conhecimento técnico, capacidade de resolver um problema visual. Isso precisa entrar na conta.

Quando você cobra por uma ilustração, está cobrando:

  • Complexidade do pedido (simples, detalhado, colorido?)

  • Finalidade da imagem (uso pessoal, editorial, comercial?)

  • Tempo de produção (quanto tempo você vai investir?)

  • Direitos de uso (vai ser postada? impressa? licenciada?)

Por onde começar?

Se você está começando, use esse caminho como base:

  1. Calcule seu valor/hora (mesmo que seja uma estimativa inicial)

  2. Estime o tempo total de produção da ilustração (esboço, ajustes, finalização)

  3. Adicione um valor proporcional ao uso (ex: uso comercial aumenta o preço)

  4. Pense em complexidade e estilo de entrega

  5. Seja claro sobre o que está incluso (quantas alterações? entrega em qual formato?)

Um exemplo prático:
Se você define R$ 40/hora e leva 5h para concluir uma peça, o valor base seria R$ 200. Se o uso for comercial (por exemplo, para uma marca), esse valor pode dobrar ou triplicar, dependendo do alcance.

O que mais afeta o valor?

  • Urgência: trabalhos com prazos apertados custam mais

  • Reputação: à medida que seu portfólio cresce, seu valor de mercado também

  • Demanda: se você já tem fila de espera, pode ajustar seus preços

  • Exigência do cliente: briefings confusos ou pouco claros aumentam o retrabalho, e o custo

Erros comuns ao começar a cobrar

  • Usar o preço do outro como referência sem contexto

  • Cobrar só pelo desenho, ignorando o tempo e o uso

  • Aceitar valores por insegurança ou “portfólio”

  • Não deixar claro o que está incluso (isso sempre gera dor de cabeça)

Uma dica valiosa: faça contratos simples

Mesmo em trabalhos pequenos, tenha um combinado por escrito. Nem precisa ser um documento formal, um e-mail com todas as condições já ajuda a proteger você (e o cliente).

Inclua: valor total, prazo, número de alterações, uso da imagem, forma de pagamento.

Conclusão

Cobrar por uma ilustração não é só um cálculo técnico, é uma postura profissional. É quando você começa a dizer: “meu trabalho tem valor”. E isso muda tudo.

Na Riscor, a gente acredita que saber ilustrar é só metade do caminho. A outra metade é saber viver disso, com consciência, clareza e respeito ao seu próprio processo.

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